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Ano XII - nº 864 - 28.08.2020

Por que o SinproSP defende
aulas presenciais só em 2021

Antes de tudo, é necessário precisão com o termo "volta às aulas". Nesses últimos cinco meses, os professores não deixaram de trabalhar, o ensino foi garantido aos estudantes e as escolas continuaram a funcionar, mesmo com as limitações impostas pela inesperada mudança, que - vamos lembrar - é apenas temporária.

Os donos de escola pressionam pela reabertura imediata das escolas e até recorreram à Justiça. Forçar o retorno das aulas presenciais às vésperas do último bimestre ou no meio do último trimestre não tem sentido do ponto de vista pedagógico. O correto seria usar o tempo e a energia para planejar 2021 a partir da experiência de 2020: pensar projetos, organizar o ensino e discutir os protocolos sanitários e trabalhistas de retorno.

Além disso, a escola que se pretende aberta em outubro não é aquela da qual saímos em março. Serão dois meses com classes incompletas, alunos em sistema de rodízio, sem poder se relacionar plenamente com os colegas e expostos a riscos elevados. Vale a pena?

Mesmo com um ligeiro declínio, a taxa de contágio e o número de óbitos são ainda muito elevados em São Paulo. O inquérito sorológico que acaba de ser divulgado pela Prefeitura mostra que 69,5% dos alunos contaminados são assintomáticos. Esse percentual elevadíssimo é um verdadeiro "cavalo de troia" que leva o vírus pra dentro da escola e depois o dispersa nas casas dos estudantes, do corpo docente e demais trabalhadores envolvidos, direta e indiretamente, na retomada das aulas presenciais.

Os professores têm medo legítimo da doença, da pressão pelo retorno a qualquer custo, do risco de demissão no final do ano. Mas a maior parte não quer a volta das atividades presenciais em 2020 porque não há segurança e os protocolos sanitários não dão conta dos riscos. As evidências científicas e experiências internacionais fracassadas confirmam a complexidade do problema.

À distância, os professores continuam trabalhando, garantindo a Educação e mantendo a escola em funcionamento. Não é justo exigir que arrisquem a sua vida, a de seus alunos e familiares.

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