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Ano XIII - nº 902 - 18.06.2021

Governo estadual desregulamenta de vez aulas presenciais na rede privada

Agosto poderá começar com todos os estudantes de volta às aulas presenciais. Só não irá quem não quiser, já que a presença do aluno seguirá facultativa. De forma inédita e provavelmente única no mundo, o distanciamento entre os alunos será reduzido de 1,5m para 1m e cada escola decidirá suas próprias regras de funcionamento. A decisão foi divulgada pelo governador Doria e o secretário Rossieli Soares, na coletiva de imprensa de 16 de junho.

Em outros países, a retomada plena das aulas presenciais exigiu controle da pandemia, com queda nas taxas de contágio, testagem em massa e vacinação de boa parte da sociedade. Jamais com flexibilização das regras mínimas de prevenção e sem protocolos em caso de contaminação dentro da escola.

No Brasil, a taxa de contágio subiu de 0,77 para 1,09 nesta semana, segundo o Imperial College, e ainda morrem, vítimas de Covid, mais de 2.000 pessoas todos os dias. Os professores voltarão às aulas de agosto com pelo menos a primeira dose da vacina, é certo. Mas isso é suficiente para liberar geral?

Na coletiva, Rossieli referiu-se a quatro pilares que sustentam sua política: vacinação, rastreamento, testagem e protocolo. Desses, apenas a vacinação deve ser levada a sério.

O rastreamento na rede privada não é confiável, não há exigência de testagem e o protocolo sobre aulas presenciais não define nenhum procedimento em caso de contaminação na escola. Cada estabelecimento faz as suas próprias regras.

Com a circulação de novas variantes - mais agressivas e com alta transmissibilidade - a decisão de liberar por completo as aulas presenciais na base de "cada um faz as suas próprias leis" não é razoável sob nenhum aspecto, a não ser agradar a determinados grupos por interesses eleitorais.

O SinproSP reconhece a importância da vacinação dos trabalhadores em Educação, mas isso, por si só, não é suficiente. É necessário ouvir especialistas, dialogar com os sindicatos de professores, definir protocolos de verdade, com cumprimento obrigatório pelos estabelecimentos de educação básica e superior, e exercer uma fiscalização rigorosa. Leia na íntegra

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