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Sesi e Senai voltam a dizer não

Atualizada em 24/02/2011 14:28

Na terceira rodada de negociação, dia 22/3, o Sesi e o Senai recusaram as reivindicações que tinham sido apresentadas na reunião anterior, no dia 15. Apesar da negativa, a Fepesp e os sindicatos vão insistir na discussão, pois são demandas importantes para todos os professores. Veja ponto a ponto o que foi discutido:

Técnicos de ensino
Sobre os boatos de um possível reenquadramento dos técnicos de ensino, a partir do qual eles deixariam de ser representados pelos Sinpros (perdendo benefícios como recesso e hora-atividade), o SENAI desmentiu a notícia e informou que não existe nenhuma tentativa de mudança.

Educação Física
A reivindicação da Fepesp e dos sinidcatos se refere à atribuição de aulas para professores de educação física (EF) em classes do 1º ao 5º ano. O Sesi informou que, no período integral, as aulas de “vivência esportiva” (4 semanais) serão atribuídas a professores de educação física, mas as de “linguagem” (2 semanais) continuarão a ser ministradas pelas professoras regentes. Os sindicatos questionaram o critério de atribuição das aulas e a necessidade de habilitação, mesmo nas aulas para crianças.

Intervalo de descanso
O Sesi informou que o intervalo dos professores está sendo normatizado por meio de uma instrução de serviço, que proíbe a transmissão de recados ou mini-reuniões pedagógicas durante o intervalo de descanso, bem como veda exigir do professor que ele tome conta de criança durante o recreio (isso já faz parte do Acordo Coletivo).
Para a Fepesp, o documento não resolve o problema. A história tem mostrado que a cada reclamação dos sindicatos, a DE estuda medidas paliativas e, como tal, insuficientes. A última vez que isso ocorreu foi no ano passado.
O fato é que nem todos os professores, especialmente os de educação infantil e os de período integral, têm assegurado um intervalo de descanso. Mesmo quando o intervalo existe, como no caso dos aulistas, é comum que ele não seja respeitado por coordenadores ou diretores.
Queremos uma norma definitiva, no Acordo Coletivo, que torne obrigatória a concessão de intervalo de descanso para todos os professores.

Auxílio-creche
Já sobre o pagamento do auxílio-creche para crianças de até 1 ano, os representantes patronais alegaram que o tema deverá ser discutido junto com as demais reivindicações de natureza econômica (reajuste, vale-alimentação).

Transparência nas demissões
Os sindicatos reivindicaram que a razão da dispensa conste na carta de demissão, como recomenda a Convenção 158 da OIT (Organização Internacional do Trabalho) e que os professores possam ser recontratados, se aprovados em novo concurso. Os negociadores do Sesi/Senai rejeitaram a possibilidade de adotar a Convenção 158, mas podem estudar a revisão de algumas exigências para os candidatos à recontratação.

Fonte: FEPESP

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