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UNIESP será alvo de investigação na Assembleia Legislativa de São Paulo

Atualizada em 30/03/2011 15:27
Luiz Antonio Barbagli, presidente do SINPRO-SP, denuncia as irregularidades da UNIESP a Carlos Giannazi

A UNIESP será convocada pela Comissão de Educação da Assembleia Legislativa de São Paulo a prestar esclarecimentos sobre as inúmeras denúncias de irregularidades. A instituição também será alvo da recém-criada CPI sobre o ensino superior privado no estado. Esses compromissos foram firmados pelo deputado estadual Carlos Giannazi, durante audiência pública sobre a UNIESP realizada na última terça-feira, 29/3.

O evento na Assembleia reuniu professores, alunos, pais de alunos e representantes de diversas entidades com o objetivo de expor os problemas e as dificuldades pelos quais vêm passando nos últimos meses. E o que se pôde constatar é alarmante: o número de denúncias só cresce.

Além das irregularidades de natureza trabalhista, que vêm sendo sistematicamente denunciadas pelo SINPRO-SP, a UNIESP foi acusada por alunos de gerir de forma arbitrária os processos para concessão de bolsas de estudo. Sem aviso prévio, suspendem a bolsa e os estudantes passam a ter que pagar mensalidades que não têm condições. Também foram apontados problemas com o financiamento estudantil (FIES) e ProUni.

Osvaldo Santos, diretor do SINPRO-SP, relata os vários problemas que afetam os professores

Professores de diferentes unidades da UNIESP no estado relataram atrasos constantes de salário e, em alguns casos, por longo período. Um dos docentes lembrou que a instituição funcionava muito bem, sem problemas trabalhistas, até ser comprada pela UNIESP.

A instituição, que reúne faculdades e colégios em mais de 20 municípios de São Paulo, retém a contribuição do INSS, não deposita o FGTS, não faz corretamente as homologações dos professores demitidos e não honra com os compromissos que assume na Justiça.


Encaminhamentos

Além de convocar o mantenedor da UNIESP a prestar esclarecimentos à Comissão de Educação da Assembleia e de protocolar as denúncias na CPI, o deputado Carlos Giannazi informou que também vai levar o problema ao MEC. Ele esperar agendar uma audiência com o ministro para cobrar de Fernando Hadadd providências. As denúncias também serão encaminhadas ao Ministério Público e Ministério do Trabalho.

O SINPRO-SP vai acompanhar de perto todos esses encaminhamentos e continuará trabalhando em defesa dos direitos dos professores.

Representantes de diversas entidades comparecem à audiência pública
Professores e alunos acompanham os relatos

Fotos: Antonio Carlos Barbosa de Oliveira

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