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Economia desafia negociações salariais

Atualizada em 14/08/2015 10:38

O ano 2015 tem se mostrado pouco favorável aos trabalhadores. É a avaliação do economista do Dieese, Airton Santos, em encontro realizado pelo Sinpro-SP, no dia 13/08.

O Dieese analisou 302 negociações ocorridas no primeiro semestre de 2015 e constatou um aumento dos acordos com reajuste inferior ao INPC. Esse grupo representa 14,6% das negociações contra 2,6% registrados no primeiro semestre de 2014.

Os que conseguiram reajuste acima da inflação ainda são maioria, mas o aumento real médio ficou menor: 0,51%, contra 1,54% em 2014.

O que explica esse resultado é a conjuntura econômica: inflação alta, juros elevados, restrição de créditos e baixo crescimento. “Para 2015, a história já está contada. E a previsão é de queda de 2% do PIB”.

O economista criticou a política econômica adotada, que privilegia o setor financeiro e transfere recursos do setor produtivo para os bancos. “As transferências anuais do tesouro para os rentistas chegam a 6% ou 7% do PIB”.

Campanha Salarial 2016

A reunião com o Dieese marcou o início do planejamento da Campanha Salarial 2016 e foi aberta a todos os professores. Participaram representantes da Fepesp, entidade estadual que coordena as negociações, e da Contee, entidade nacional dos trabalhadores em educação.

Para Luís Antonio Barbagli, presidente do Sinpro-SP, é preciso discutir a conjuntura para traçar alguns cenários possíveis na data base. Ele lembrou que a Campanha Salarial 2016 será feita em três frentes: educação básica, ensino superior e Sistema S (Sesi, Senai e Senac).

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