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Reivindicações da Campanha Salarial 2016 começam a ser unificadas

Atualizada em 11/12/2015 02:43

Vinte e sete sindicatos de professores e de trabalhadores não docentes, além da Federação dos Professores (Fepesp), estiveram reunidos no Sinpro-SP, dia 08/12, para dar início à unificação das pautas de reivindicações da Campanha Salarial 2016 na educação básica e no ensino superior. O trabalho deve continuar até meados de janeiro.

A discussão teve como base as propostas tiradas nas assembleias de novembro, ocorridas em todo o Estado. No Sinpro-SP, a assembleia foi realizada dia 26/11. Os resultados foram sistematizados e organizados em dois blocos: cláusulas econômicas e sociais.

A discussão inicial do bloco econômico foi concentrada em quatro itens: reposição integral da inflação (média do ICV-Dieese, INPC-Ibge e IPC-Fipe), aumento real, participação nos lucros e piso salarial. Também começaram a ser debatidas propostas que poderiam elevar o poder de compra e responder às mudanças na atividade docente, como aumento a hora-atividade para remunerar a maior quantidade de trabalho.

Quanto às cláusulas sociais, a pauta deve prever a manutenção dos direitos coletivos, como garantia semestral de salários, bolsa de estudo, recesso de 30 dias.

Instabilidade e inflação

Os sindicatos trabalham com uma inflação próxima a 10% no período compreendido entre março/2015 e fevereiro/2016. As projeções foram revistas em virtude da aceleração do custo de vida no segundo semestre, principalmente em novembro (os principais indicadores ficaram acima de 1%).

A Campanha Salarial deve ocorrer num quadro de baixo crescimento econômico, inflação alta e instabilidade política. Houve consenso entre as entidades de que esse cenário é ruim para os trabalhadores e exigirá grande mobilização da categoria.

Campanha unificada

A Campanha Salarial é unificada no Estado, realizada pelo Sinpro-SP e outros vinte e seis sindicatos, com a coordenação da Federação dos Professores do Estado de São Paulo (Fepesp).

Em 2016, a Campanha envolverá professores da educação básica, do ensino superior e do Sistema S (Sesi, Senai e Senac). São três frentes de negociações: uma com o Sieeesp (sindicato das escolas de educação básica), outra com o Semesp (sindicato dos mantenedores de ensino superior) e outra com os dirigentes patronais do Sesi, do Senai e do Senac.

Sesi, Senai e Senac

A assembleia de pauta de reivindicações dos professores do Sesi e Senai será realizada no dia 04/02, em todo o Estado.

Quanto ao Senac, a assembleia ainda não foi marcada. Para estes professores, a campanha envolve apenas as cláusulas econômicas, pois o acordo coletivo tem validade até fevereiro de 2017.

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