Campanha salarial

Juiz faz proposta e assembleia vai decidir

Atualizada em 05/06/2018 15:39

Atualizado em 06/06, às 11h07

Uma proposta para resolver o impasse entre professores e escolas foi feita pelo desembargador Fernando Álvaro Pinheiro, na audiência do Tribunal Regional do Trabalho, neste terça-feira, dia 06. Ela precisa agora ser submetida aos professores e também às escolas, em suas respectivas assembleias.

A proposta que o desembargador classificou como uma ‘cláusula de paz’ prevê renovação integral da Convenção por um ano, reajuste salarial pela inflação 2,14% e participação nos resultados de 15%. Os dias parados não serão descontados mediante reposição das aulas.

A audiência começou tensa, com o presidente do Sieeesp, Benjamin Ribeiro da Silva, negando a proposta de acordo com o SinproSP. Ele criticou o ‘estardalhaço’ da imprensa e voltou a defender a redução do recesso, a limitação das bolsas de estudo, a divisão das férias e a restrição da garantia semestral de salários.

O presidente da Fepesp, Celso Napolitano, explicou ao desembargador que a Convenção está estabilizada nas escolas. Em resposta ao argumento do Sieeesp de que as cláusulas são antigas e precisam se adaptar aos novos tempos, Napolitano respondeu: “Isso vale também para os professores, que tiveram um enorme aumento na carga de trabalho, mas continuam recebendo 5% de hora-atividade”.

Depois de muito debate, o desembargador apresentou sua proposta, com o compromisso de que ela fosse apresentada às assembleias das escolas e dos professores.

Na rua

Durante a audiência, uma manifestação de professores e estudantes fechou algumas pistas da Consolação, em frente ao prédio do TRT. Eles gritavam palavras de ordem e entoavam músicas contra a retirada de direitos.

Leia aqui a ata da audiência e não deixe de comparecer à assembleia no SinproSP amanhã, dia 06, às 18h, para decidir sobre a proposta e o futuro da campanha salarial.

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