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Ano XIII - nº 881 - 22.01.2021

Governo Dória joga professores das escolas particulares para os leões

Mesmo contra todas as evidências, o secretário da Educação, Rossieli Soares e seu "puxadinho" chamado Conselho Estadual de Educação não reconheceram o erro de insistirem na retomada das aulas presenciais a partir de fevereiro.

Cedendo a grupos com grande poder de pressão - donos de escolas particulares, pais de instituições de alto padrão e alguns pediatras –, o governo havia flexibilizado, em dezembro, as regras para o ano letivo de 2021 e o Conselho Estadual de Educação, na última semana, determinou a obrigatoriedade das aulas presenciais (pelo menos 1/3 no mês), mostrando, mais uma vez, ser um órgão de Estado a serviço das escolas particulares.

Agora, acuado pelos indicadores que revelam grande aumento de pessoas contaminadas e de mortes, Rossieli buscou uma saída menos vergonhosa: deu a possibilidade de os pais optarem por atividades exclusivamente remotas (apenas nas fases vermelha e laranja) e adiou o início das aulas nas escolas estaduais.

E quanto às escolas particulares? Prevalecerá o vale-tudo. Mais uma vez, cada escola decidirá quando e como voltar. Os pais terão o direito de escolha, mas os professores, como sempre, não terão alternativa a não ser comparecer ao trabalho todos os dias e dar conta dos alunos em atividades presenciais e remotas.

Que condições serão garantidas para que esse retorno se dê em segurança? É suficiente o protocolo sanitário, criado com o Sieeesp, a Abepar e o Semesp, que não prevê nenhum procedimento em caso de contaminação na escola?

Esse filme nós já vimos em 2020: a falta de regras exime o poder público da obrigação de fiscalizar e é uma janela de oportunidade para as escolas que se sentem autorizadas a estabelecer as "próprias leis" (inclusive trabalhistas). Aconteceu no ano passado e, certamente, ocorrerá agora.

Ninguém melhor do que as professoras e os professores sabe que as relações criadas no espaço escolar trazem um aprendizado insubstituível. Porém, as aulas presenciais não podem voltar a qualquer custo.

O retorno exige a definição de regras que assegurem a saúde e a vida de toda a comunidade escolar. Impõe também que o Poder Público fiscalize de forma rigorosa as mais de 4 mil escolas na cidade de São Paulo.

Mantidas as aulas presenciais, é legítimo exigir pioridade para vacinação dos trabalhadores em Educação e testagem de todos os estudantes, professores e demais trabalhadores das escolas.

Essas são as quatro condições mínimas que devem reger o inicio do ano letivo. Na defesa intransigente das professoras e dos professores do ensino privado, o SinproSP não poupará esforços para garantir a preservação da vida e dos direitos de toda a categoria.

SinproSP quer mapear o retorno nas escolas

Diante do vale-tudo em que se transformou a volta às aulas, o SinproSP precisa da ajuda das professoras e dos professores para saber como será o retorno em cada escola.

Essas informações são estratégicas para o Sindicato montar um painel do que está acontecendo, definir ações e coibir o descumprimento das leis trabalhistas. Os dados também contribuirão para que a categoria seja orientada de forma mais precisa e segura.

O sigilo é totalmente garantido. Basta acessar nosso site e contar como serão as aulas e o seu trabalho na escola aonde você leciona. Acesse aqui e participe!

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