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Governistas manobram e PEC da Previdência passa na primeira comissão

Atualizada em 15/12/2016 14:57

Líderes da base governista usaram de expediente pouco ético para aprovar a admissibilidade da proposta de reforma da Previdência (PEC 287) na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. A sessão só terminou na madrugada do dia 15/12.

Com dificuldades de conseguir quorum, as lideranças governistas tiveram que substituir às pressas quatro membros da CCJ. A oposição acusou a manobra, alegando desrespeito às regras internas. No final, o placar foi de 31 a 20.

Agora, a PEC será analisada por uma comissão especial, que deve ser criada em fevereiro de 2017, quando o Congresso retornar do recesso parlamentar.

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A substituição às pressas de parte da Comissão foi a segunda manobra de caráter duvidoso usada para acelerar a tramitação da PEC 287.

Na semana anterior, o relator da proposta, deputado Alceu Moreira, levou menos de 24 horas para dar parecer favorável à proposta. A PEC chegou à Câmara no dia 06, Moreira entregou seu relatório no dia 07, mas teve que reapresentá-lo no dia seguinte (08), porque o governo alterou o texto da PEC.

Isso mostra a voracidade com que o governo pretende aprovar as mudanças na Previdência. Sua ideia é antecipar a votação, distanciando-a o máximo possível do período eleitoral (a campanha para a eleição de 2018 começa no segundo semestre de 2017).

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