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Ato contra reforma da Previdência reúne 300 mil na Paulista

Atualizada em 15/03/2017 22:31
Veja fotos da manifestação na Paulista, dia 15/03/2017

Cerca de 300 mil pessoas lotaram a avenida Paulista no ato público contra a reforma da Previdência. A manifestação encerrou o Dia Nacional de Paralisação, convocado no início de março pelas centrais sindicais , pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e outros movimentos sociais.

Nas ruas, manifestantes de diferentes categorias profissionais do serviço público e da iniciativa privada. Mais de 100 sindicatos estiveram presentes, inclusive o SinproSP, junto com outras entidades de trabalhadores da rede privada, como a Contee, a Fepesp e o Sinpro Osasco.

O ato teve início às 16h e foi engrossado, às 18h, pela chegada de professores das redes estadual e municipal, vindos de assembleias especificas realizadas, respectivamente, na Praça da República e na Praça Oswaldo Cruz.

No carro de som, representantes de parte do movimento sindical, e movimentos sociais se revezavam para protestar contra o desmonte da Previdência Social e a reforma trabalhista, ambos em tramitação no Congresso Nacional.

Os manifestantes lembravam que todos os trabalhadores serão enormemente prejudicados. Para eles, a radicalidade das mudança significará o fim das aposentadorias e da seguridade social pública.

Os oradores também criticaram as propostas que precarizam a relação de trabalho, como os projetos de lei da terceirização e da flexibilização da CLT.

Por volta das 19h30, Lula chegou e foi ovacionado. Ele afirmou que o problema da Previdência Social não é dinheiro, pois “receita se cria com política de geração de renda”. Lula disse ainda que a queda do desemprego e o combate à informalidade resultou num aumento de 54% da receita, entre 2008 e 2014.

O Dia Nacional de Paralisação reuniu cerca de 1 milhão de manifestantes em todo o país, segundo estimativas da Central Única dos Trabalhadores. Que sirva de alerta para os deputados e senadores, já que 2018 é ano de eleição e as campanhas não poderão ser mais financiadas por grandes empresas.

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