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Ano X - nº 761 - 20.07.2018

Proposta de base curricular do ensino médio tem que ser cancelada

Segundo matéria publicada no jornal Folha de S. Paulo (18/07), o atual ministro da Educação, Rossieli Soares da Silva, acenou com mudanças na proposta da BNCC. Está errado. Qualquer alteração agora só serviria para viabilizar a sua aprovação no Conselho Nacional de Educação (CNE) até o final do ano.

A proposta enviada ao CNE em abril radicaliza a reforma do ensino médio ao promover um esvaziamento curricular sem precedentes. O documento prevê apenas duas disciplinas obrigatórias - Português e Matemática. O restante do currículo pode se organizar em dois genéricos campos de saber: 'Ciências Humanas' e 'Ciências da Natureza', além do ensino de Inglês.

Ninguém com um mínimo de juízo pode admitir reformas de tal magnitude feitas às pressas, num governo em fim de mandato. Por que, então, a insistência e a pressa?

Tem uma explicação: as mudanças estão sendo ditadas por interesses econômicos. Não é coincidência a entrada de grandes grupos e fundos de investimento na educação básica. A flexibilização e a desregulamentação garantem a esses grupos ampla liberdade para atuar e obter altas margens de lucro.

Nas escolas privadas, a reforma no ensino médio, combinada com a reforma trabalhista, sinaliza a redução de custos e a precarização da atividade docente. Na rede pública, as mudanças favorecem a privatização, com a venda de serviços educacionais ao poder público - sistemas apostilados, cursos, projetos, assessorias.

Se tiver alguma responsabilidade, o Conselho Nacional de Educação deve exigir o cancelamento da proposta e a retomada do debate sobre a BNCC, com mecanismos verdadeiros de consulta e somente depois que o novo governo tomar posse.

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