Coronavírus

Professores devem ser ouvidos sobre retorno às aulas presenciais

Atualizada em 11/06/2020 22:07

Enquanto os professores amargam condições precárias de trabalho, jornadas extenuantes, infinidade de tarefas e obrigações, perda do espaço e do tempo privados e interferência indevida nas aulas em ambiente virtual, o governo do Estado prepara um possível retorno das aulas presenciais.

Fala-se cada vez mais no mês de agosto, mas ainda não há uma decisão oficial sobre a data de retorno nem como ele será feito. O governo, entretanto, já está discutindo protocolos de conduta com diferentes segmentos, inclusive os sindicatos patronais da educação básica (Sieeesp) e do ensino superior (Semesp). Mais uma vez, os professores e demais profissionais de educação não estão sendo chamados para essa discussão.

Não está certo. Muitos dos problemas que os professores enfrentam hoje poderiam ter sido minimizados se os trabalhadores, por meio de seus representantes, pudessem ter opinado no início da quarentena. O mesmo erro volta a se repetir: profissionais da Educação estão sendo excluídos de um debate que os afetam diretamente.

Por este motivo, a Federação dos Professores do Estado de São Paulo e os sindicatos que a integram, inclusive o SinproSP, estão engajados em fazer as vozes dos trabalhadores em Educação serem ouvidas. Queremos discutir não apenas as regras para o retorno, mas também o momento adequado para que ele ocorra.

Os professores querem voltar às aulas presenciais, mas sabem que esse retorno tem que ser feito com segurança e em condições adequadas. Hoje, de concreto mesmo, somente os recordes diários de óbitos que tornam inexplicáveis a possibilidade de um retorno no curto prazo.

 

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