#8M

Cinema em sala de aula: 8 filmes e séries sobre a Luta das Mulheres

Atualizada em 14/03/2023 09:58

No mês que representa a Luta Internacional das Mulheres, o SinproSP traz a indicação de 8 filmes e séries com personagens femininas marcantes. Sejam fictícias ou baseadas em mulheres e suas lutas históricas, as produções são ótimas para o debate político dos direitos femininos em sala de aula (ou mesmo para assistir em casa).

1. As Sufragistas (2015)

O filme retrata a luta das mulheres britânicas, no início do século XX, pelodireito ao voto, que utilizam estratégias de mobilização pouco convencionais. Com Meryl Streep e Helena Bonham Carter no elenco, a história mistura personagens reais e ficcionais para retratar um momento crucial na luta das mulheres por direitos. (Prime Vídeo, Apple TV e Claro tv+)

2. Radioactive (2019)

A produção cinematográfica conta a história da cientista polonesa Marie Curie, interpretada por Rosamund Pike. Junto com seu marido, Pierre Curie, ela fez a descoberta de dois elementos químicos: Rádio e Polônio, o que possibilitou o uso da radioterapia no tratamento contra o câncer. O roteiro mistura fatos relacionados às descobertas científicas e às polêmicas envolvendo sua vida pessoal, além da aplicação moderna das suas pesquisas. Marie Curie é a única mulher a vencer o prêmio Nobel por duas vezes, em diferentes áreas, Física e Química. (Netflix)

3. As Guerreiras (2022)

A série francesa ficcional acompanha a história de quatro mulheres (interpretadas pelas atrizes Audrey Fleurot, Camille Lou, Julie de Bona e Sofia Essaïdi) no início da Primeira Guerra Mundial (1914). As personagens se encontram em uma pequena cidade francesa, próxima ao campo de batalha com a Alemanha. Com a ida dos homens para a guerra, elas se tornam protagonistas em diferentes áreas, e ainda lidam com os seus dramas pessoais. Apesar de a minissérie de oito capítulos não ser inspirada em histórias reais, ela traz um painel interessante do período e lida com uma questão delicada: como a guerra contribuiu para a emancipação feminina. (Netflix)

4. As Leis de LidiaPoët (2023)

Com 6 episódios, a série conta a história da primeira advogada italiana, LidiaPoët (1855-1949), interpretada por Matilda De Angelis. A personagem luta para ser reconhecida pela Ordem dos Advogados de Turim. Há também um conteúdo ficcional, que retrata Lidia resolvendo uma série de casos ao lado do seu irmão e de um jornalista. Isso dá dinâmica para a série, mas acaba colocando em segundo plano a sua luta por reconhecimento e o seu envolvimento em outras pautas feministas. Apenas em 1920, aos 65 anos de idade e após 37 anos de luta, Lidia conquistou o direito de praticar a advocacia. (Netflix)

5. A Mulher Rei (2022)

Em 1800, a general Nanisca (Viola Davis) treina um grupo de mulheres guerreiras (Agojie) para proteger o reino africano Dahomey de seus inimigos, atuando como guarda pessoal do rei. Apesar da personagem ser fictícia, o rei Ghezo e as Agojie são reais. O filme trata do tema com muita sensibilidade, sem deixar de mostrar uma questão incômoda: a participação de alguns reinos africanos no processo de escravização, em cumplicidade com os europeus. Contudo, também destaca a crescente e significativa resistência contra a escravidão. (Prime Vídeo)

6. Olga (2004)

A produção nacional foi inspirada na obra de Fernando Morais. Mostra a história trágica de Olga Benário (Camila Morgado), companheira de Luís Carlos Prestes. O casal foi preso durante o levante comunista de 1935, e Olga, alemã, judia e comunista, enfrenta um processo de extradição para a Alemanha nazista. Além do drama pessoal, o filme tem como pano de fundo a Era Vargas e a ascensão das ideias fascistas no país. (Globoplay)

7. Marielle, o Documentário (2020)

Além de reconstituir o assassinato da vereadora do PSOL e de seu motorista, Anderson Gomes, o documentário procura traçar um perfil da jovem política e do seu campo de atuação. É uma produção das Organizações Globo, que ainda pretende lançar uma série ficcional baseada na vida da vereadora, já envolvida em polêmicas. O motivo é a escolha de José Padilha, um homem branco, para dirigir a produção, o que causou desconforto no meio artístico e em movimentos sociais. (Globoplay)

8. Nise, O Coração da Loucura (2015)

O filme conta a história da psiquiatra Nise da Silveira (Glória Pires) que, nos anos 50, desafia a comunidade médica ao propor um tratamento pouco comum aos internos de uma instituição psiquiátrica. Usando a arte, ela consegue melhoras sensíveis no comportamento e socialização de pacientes. Nise enfrentou dois tipos de preconceitos: contra uma mulher psiquiatra e contra os doentes mentais. Sobre o mesmo tema há o documentário "Imagens do Inconsciente". (HBO)

Ouça ainda o último episódio do SinproSP no ar, podcast do Sindicato dos Professores, sobre "Como dialogar sobre o universo feminino no espaço escolar?". A entrevista é com Mariana Venturini, professora e pesquisadora que atua na União Brasileira de Mulheres (UBM). Acesse aqui: https://open.spotify.com/episode/6tJRdTiZJVUU72d3igkzEW?si=c5440d71ab2c4733

.