Ensino superior

Ensino Superior: próxima rodada de negociação discutirá aspectos financeiros

Atualizada em 05/05/2025 14:51

Após aprovação, em assembleia dos professores do ensino superior, de estado de greve e continuidade das negociações limitada ao dia 14 de maio, a comissão de negociação da Fepesp, da qual o SinproSP é integrante, comunicou formalmente ao sindicato patronal, Semesp, as condições defendidas pelos docentes. 

“Esta data limite de negociação foi definida para que não ocorra um processo de eternização, como os patrões costumam fazer. Também que não abrimos mão das conquistas e direitos que já existem na CCT”, explica Celso Napolitano, presidente do SinproSP e da Fepesp. “Além disso, queremos a reposição da inflação de forma integral, de uma vez só, no mês de março, e que integre também um aumento de poder aquisitivo, que pode se dar na combinação de outras cláusulas, como aumento real no salário ou melhorias nos benefícios diretamente econômicos”. 

Apesar dos avanços, a comissão patronal insistiu em um documento com cláusulas que desejam modificar e restringir direitos dos professores, como as bolsas de estudo, homologação com conferência pelo sindicato, redução de aulas e estabilidade de 24 meses para professores perto da aposentadoria. 

“Repetimos várias vezes que a assembleia de professores deliberou pela manutenção dos direitos já existentes”, reforça Napolitano. Entre as novidades, o patronal aceitou ampliar a licença paternidade para 10 dias e aumentar a vigência da atual Convenção Coletiva para 31 de maio. 

Na próxima rodada de negociação, quarta-feira, dia 7 de maio, o primeiro ponto da pauta será a discussão financeira, de remuneração. Além disso, que o plano de saúde seja mantido nesta Convenção, que a sua modificação seja discutida em comissão ao longo do ano, e as condições do EAD que estarão, em breve, no decreto federal. “Devemos nos manter alertas, em estado de greve”, conclui o presidente.
 

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