SinproSP

Recordar é preciso: o que foi a luta do SinproSP em 2025

Atualizada em 18/12/2025 19:04

O ano de 2025 foi cheio de desafios, resistência e, sobretudo, de muitas lutas no Sindicato dos Professores de São Paulo. E para finalizar em grande estilo, produzimos uma retrospectiva de momentos e fatos mais marcantes do período. 

No primeiro semestre tivemos campanhas salariais bem difíceis, com algumas se estendendo até o segundo semestre por conta de os sindicatos patronais terem se recusado a negociar de forma justa. Acompanhe: 

  • No Sesi, a falta de aumento real e melhores condições de trabalho levou a uma greve histórica. Foi a primeira greve do Sesi e com adesão estadual, em 31 de março. Saímos vitoriosos do Foro de Conciliação, a assembleia aprovou a contraproposta patronal que concedeu aos docentes: reajuste salarial de 5,20% antecipado na folha de pagamento de abril de 2025, aumento de 0,5% na hora-atividade a partir de março de 2025, ampliação do direito à auxílio creche para professores homens, abono de falta dos dias 31/03/25 e 01/04/25 para docentes que aderiram à paralisação, estabilidade de emprego de 30 dias, a contar de 15/04/25; prazo de definição de cronograma para o plano de carreira; reforço da orientação às unidades escolares de que professores de Educação Básica I, titulares do 1° e 2° ano do Fundamental, não deverão atender outras turmas.
  • No Ensino Superior, as negociações começaram com as mantenedoras querendo rasgar a Convenção Coletiva, retirar direitos como bolsa de estudos, plano de saúde e a reposição da inflação com aumento real no reajuste salarial. Depois de muita pressão, mobilização, panfletagem, carros de som, assembleias, estado de greve e uma greve - a de 2 de junho - , conseguimos chegar a um acordo e a CCT foi assinada. Conquistamos ainda a criação de uma Comissão para discutir alguns pontos como EaD, Bolsa de estudos para cursos de medicina e plano de saúde.  
  • Na Educação Básica, a cláusula 63 foi o ponto da discórdia e da disputa judicial. O julgamento, que ocorreu em 5 de novembro, foi favorável às demandas das professoras e dos professores e garantiu o direito de todos receberem por avaliações substitutivas, adaptadas e pela orientação de trabalhos acadêmicos, além de estabilidade por 90 dias. 
  • Já as professoras que lecionam em escolas exclusivamente de educação infantil passaram a ser representadas pelo SinproSP. Com isso, garantem direitos da Convenção Coletiva, como garantia semestral de salários, garantia de emprego à gestante, PLR, hora-atividade, licença sem remuneração  e muito mais. 

Além das campanhas, tivemos a visita mediada de diretores e professores ao antigo DOI-CODI, a exibição do filme “Memória Sufocada”,  no auditório do Sindicato, seguida de bate-papo com o diretor, Gabriel Di Giacomo e o diretor do Núcleo Memória e ex-preso político, Maurice Politi. A Diretoria marcou presença no Ato do 8 de Março, na Avenida Paulista, tivemos participação em duas sessões de teatro acompanhadas pela diretora Beth Vespoli, para assistir a peça “eXílio"; o lançamento da segunda cartilha da série “Conhecer para Combater”, desta vez sobre assédio moral e sexual, com conferência do Roberto Heloani, da UNICAMP, um dos pioneiros nos estudos sobre assédio moral no trabalho no Brasil. Em junho,  durante as festas juninas, o SinproMóvel e outros carros de som percorreram escolas com festas juninas para alertar que o trabalho do professor nessas festas deve ser remunerado como hora-extra. 

No segundo semestre, em setembro, os diretores estiveram presentes nas manifestações “em defesa da soberania nacional” com camisetas distribuídas para todos os sindicalizados. Ainda em setembro, com grande pesar nos despedimos do professor José Salvador Faro, historiador, docente, pesquisador e companheiro de lutas.  Faro integrou o quadro de sócios do SinproSP, onde foi diretor e convidado a conceber o projeto editorial da Revista Giz, da qual foi também o seu coordenador por  edições. 

Em outubro, tivemos as comemorações dos 85 anos do SinproSP. A entidade foi homenageada em sessão solene na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, no dia 02, por iniciativa do deputado Carlos Giannazi (PSOL), e reuniu no Plenário JK diretores, assessores e funcionários do Sindicato, além de representantes governamentais, instituições parceiras e entidades co-irmãs.  No dia 18, o Sindicato preparou uma festa linda na sede, com churrasco, bebida, roda de samba e até bolo para celebrar junto à categoria. Todos os 400 participantes concorreram ao sorteio de 90 camisetas, 80 boxes de livros, uma airfryer e duas estadias com acompanhante na Colônia de Férias, na Vila Caiçara, em Praia Grande. Edições impressas da Revista Giz, lançada em outubro, foram distribuídas aos convidados.

Durante a Campanha Outubro Rosa, 245 professoras sindicalizadas resgataram um voucher para realizar gratuitamente o exame de mamografia digital. No mesmo mês, foram entregues 12.812 Cadernos de Planejamento, a antiga agenda, e 1.228 ingressos para o cinema foram entregues a professoras e professores sindicalizados. Agora em dezembro, promovemos duas visitas à 36° edição da Bienal de São Paulo, no Pavilhão Ciccillo Matarazzo, no Parque do Ibirapuera, com acompanhamento da professora de Artes, Beth Vespoli, diretora do SinproSP. 

A Diretoria do Sindicato esteve presente em eventos importantes do ano, como o Seminário Estadual do Plano Nacional de Educação, reuniões para organização do ato do “8 de Março”, do Encontro de Cooperação Técnica dos Planos Decenais de Educação, do Fórum Estadual de Educação do Estado de São Paulo (reuniões bimestrais), do Congresso da União Estadual dos Estudantes de São Paulo, do Encontro Semear na PUC-SP, Encontro da Frente Popular em Defesa da Escola Pública, lançamento do mapa dos ataques à Educação Pública, do Fórum Municipal de Educação (reuniões mensais na Câmara Municipal), do Congresso Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino, no Seminário Transição, Justiça, Trabalho e Mudanças Climáticas (DIEESE), no Seminário “Os Impactos da Precarização do Trabalho no Universo Feminino”, no Congresso da Federação dos Professores no Estado de São Paulo (Fepesp), na II Conferência Nacional do Trabalho (etapa estadual) e no Seminário Internacional “Disputar a renda, reduzir desigualdades”, do Dieese. 

Fizemos ainda o primeiro mutirão com 50 escolas convocadas por denúncias de não pagamento de horas extras. Os atendimentos não pararam por aqui: foram 31.038 atendimentos telefônicos, 8.148 atendimentos eletrônicos, 215 escolas convocadas durante o ano, 1.345 homologações. Foram 462 atendimentos jurídicos presenciais e 117 ações coletivas. Já no departamento previdenciário foram 419 atendimentos e 169 pedidos de entrada em aposentadorias. 

A Escola de Professores do SinproSP realizou durante o ano 16 cursos, 6 lives e 9 atividades como encontros do Clube de Leitura e oficinas remotas com temáticas  como mudanças climáticas, neurociência, saúde mental do professor, inteligência artificial, cultura dos povos originários, cultura africana e afro-brasileira, cinema na sala de aula e muito mais. 

Sorteamos 20 estadias na Colônia de Férias do SinproSP com acompanhante e refeições inclusas, 4 livros no “Dia Mundial do Livro”, 20 vale-livros de R$100, 2 pares de ingressos para o espetáculo “Vozes Negras”, 4 pares de ingressos para o Parque da Mônica, 1 voucher de R$100 da Uber e 5 livros com temática antirracista. Ah, em 2025 a Colônia de Férias recebeu 1.192 pessoas nos finais de semana, feriados e alta temporada. Diretores de base e agentes superaram a meta e visitaram 1.003 escolas de educação básica, infantil, Sistema S e Instituições de Ensino Superior, tirando dúvidas, apresentando o trabalho do Sindicato e os direitos das professoras e dos professores conquistados nas Convenções e Acordos Coletivos de Trabalho.  

Ufa! O SinproSP estará de férias coletivas a partir da próxima segunda-feira, 22 de dezembro. Por isso, desde já desejamos Boas Festas a todas e todos que  participam das nossas lutas! Que a sabedoria também seja nossa companheira para que, em 2026, saibamos eleger candidatas e candidatos para que, acima de tudo, nos garantam bem-estar e dignidade. Retornaremos em 13 de janeiro de 2026, com as baterias recarregadas e prontos para as novas lutas que nos esperam nas Campanhas Salariais!

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